Festivais de dança em Alter do Chão: quais são? Vale a pena?

O que você sabe sobre os festivais de dança em Alter do Chão? Tanto a vila quanto o município de Santarém são alguns dos lugares com mais festejos populares em torno da cultura e folclore locais. Saiba mais sobre eles neste artigo!

Festivais de dança em Alter do Chão

Os festivais de dança na vila de Alter do Chão são grandes festas, que servem tanto ao propósito de celebração e diversão quanto de preservação das tradições locais. Conheça um pouco mais sobre os principais festejos que ocorrem na localidade.

A dança da tradição: o fascinante rito religioso do Çairé de Alter do Chão

Fonte: Amanda Galvão

Imagine uma festa que acontece há mais de 300 anos, uma celebração que viaja no tempo e une o passado ao presente. Essa festa é o Çairé, um dos eventos mais antigos e especiais da Amazônia.

Desde o século XVII, quando os jesuítas trouxeram dança e música para as culturas indígenas durante as missões, essa festa tem encantado as pessoas.

Todo mês de setembro, a pequena cidade de Alter do Chão ganha vida com o Çairé.

Essa festa é como um caleidoscópio de elementos religiosos e alegria profana, tudo misturado em uma celebração única. Mas como tudo isso começou? Bem, a história começa com os jesuítas, que trouxeram suas danças e músicas para a região.

Com o tempo, esses elementos se fundiram com as tradições locais e, através do trabalho missionário, a coroa portuguesa começou a explorar a região, o que deu origem a esse legado cultural incrível que é o Çairé.

Durante essa festa, acontecem muitas coisas emocionantes. Primeiro, há o levantamento dos mastros enfeitados. Homens, mulheres e personagens do Çairé partem em busca de troncos de árvores na floresta, em uma procissão pelo rio.

Eles retornam à praia com os mastros, e aí começa a procissão terrestre, onde figuras como a Saraipora, o Juíz, a Juíza, os Mordomos e as Moças da Fita se reúnem para carregar o Arco do Çairé até a Praça do Çairé.

Os mastros, enfeitados com flores e frutas, são levados pelas ruas de Alter do Chão. No topo de cada mastro, há um ave, símbolo do Espírito Santo.

O levantamento desses mastros marca o início da festa, um momento cheio de emoção e significado. E quem entra em cena nesse momento?

Os Juízes! Eles desempenham um papel importante ao longo da festa, liderando os eventos e trazendo um ar de autoridade e tradição.

Mas como toda boa festa, o Çairé também tem seu momento de despedida. A derrubada dos mastros marca o encerramento da festa, como um capítulo que chega ao fim, deixando memórias e emoções no ar.

O ano de 2022 marcou uma retomada após dois anos sem festejos por conta da pandemia de coronavírus. Por isso, houve programações especiais que vão desde procissões até ladainhas, unindo fé e tradição em um evento que dura o dia todo.

No ano de 2023, algo muito especial vai acontecer. Será o ano em que a festa do Çairé vai celebrar os 50 anos de retomada do rito religioso, que ocorreu em 1973.

Isso porque durante 30 anos a festa esteve proibida pela igreja. Isso aconteceu devido a abusos nos rituais, como jogos e venda de bebidas alcoólicas, que muitas vezes causavam confusões.

O Çairé é mais do que uma festa, é uma jornada através do tempo, uma celebração que mistura o sagrado e o profano, o passado e o presente.

É uma dança da tradição, onde cada passo conta uma história que ecoa através das gerações, encantando turistas e conectando todos com a riqueza cultural da Amazônia.

A batalha mágica dos botos: uma noite de brilho e encanto no Çairé de Alter do Chão

Fonte: Amanda Galvão

Imagine uma praça cercada de mastros enfeitados, onde a alegria dança no ar e as luzes brilham como estrelas. Bem ali, na frente dessa praça dos mastros, está o Lago dos Botos, um espaço mágico onde shows culturais e musicais ganham vida.

É como uma festa dentro da festa, cheia de música e tradição.

Imagine um espetáculo de som, luzes e danças, onde a cidade se divide entre o Boto Cor de Rosa e o Boto Tucuxi. Essa é a Disputa dos Botos, as noites mais esperadas do Çairé.

Esses botos têm lendas fascinantes, histórias que tornam esses animais tão especiais na Amazônia.

A lenda diz que o boto se transforma em um homem bonito e, com um violão nas mãos, seduz as mulheres ribeirinhas.

Ele as leva para as margens do rio, onde histórias mágicas acontecem. As mulheres se entregam aos encantos do boto, e ele as engravida. Depois, ele volta à forma de animal e mergulha de volta nas águas do rio.

A Disputa dos Botos é um espetáculo incrível. Os dois botos competem com brilhos e cores, cada um com um tema ligado à vida amazônica. É um verdadeiro show que traz muita alegria para a festa.

Tudo isso é inspirado pela lenda do boto sedutor que aparecia durante as noites de lua cheia e festividades, encantando e surpreendendo.

Agora, o ano de 2023 é especial para o Çairé, porque celebra os 50 anos desde que a festa foi retomada. E há uma mudança emocionante na programação.

Diferente do passado, quando ambos os botos se apresentavam aos sábados, agora cada noite traz a apresentação de um Boto.

Na sexta-feira, é o Boto Tucuxi que brilha e encanta. No sábado, é a vez do Boto Cor de Rosa tomar o palco. E tem mais: a volta do item “galera”, que avalia a animação e organização das torcidas, adiciona ainda mais empolgação à festa.

E além dessas batalhas mágicas, a programação musical é uma explosão de diversão. Olha só o que a prefeitura preparou:

  • Quinta-feira, dia 14: Show de Berg Rabelo (ex-Calçinha Preta)
  • Sexta-feira, dia 15: Show de Flávio José
  • Sábado, dia 16: Show de Solange Almeida e MC Dourado
  • Domingo, dia 17: Show de Eduardo Du Norte

Todos os dias têm espaço para bandas locais e regionais mostrarem seu talento. É como uma sinfonia de sons e cores, uma celebração que une tradição, música e alegria.

O Çairé de 2023 deve acontecer entre 14 e 18 de setembro. É mais do que uma festa, é uma jornada emocionante através da cultura, onde lendas se tornam vivas e a música enche o ar de encanto.

Festival folclórico de Santarém: uma celebração cultural única

Imagine uma grande festa que é como um tesouro cultural, algo que não tem preço e que mantém viva as tradições antigas ao mesmo tempo em que inspira novas criações artísticas.

Bem-vindo ao Festival Folclórico de Santarém, um evento que é um verdadeiro tesouro cultural. Para as pessoas que vivem em Santarém, é uma chance única de celebrar a diversidade cultural que torna a cidade tão especial na Amazônia.

No ano de 2023, a 47ª edição do festival começou com apresentações emocionantes de quadrilhas tradicionais. Uma estrutura incrível de som, luzes e lugares para as pessoas sentarem foi montada especialmente para o evento.

Tudo isso para criar um ambiente onde as tradições se encontram com a criatividade dos grupos de Santarém, criando um espetáculo genuíno.

Durante as quatro noites do festival, aconteceram 29 apresentações artísticas, cada uma delas competindo por prêmios.

Existem diferentes categorias, como Quadrilhas Tradicionais, Quadrilhas Estilizadas e Humorísticas, e também grupos de Carimbó, um estilo musical tradicional da região.

A cada noite, os grupos competiam pelo reconhecimento, e os prêmios não eram apenas medalhas, mas também valores em dinheiro que podiam ajudar na continuidade dessas tradições tão importantes. Veja só os prêmios:

  • 1º Lugar: R$ 5.000,00
  • 2º Lugar: R$ 3.000,00
  • 3º Lugar: R$ 2.000,00

A 47ª edição do Festival Folclórico de Santarém foi um sucesso! O público adorou e aplaudiu de pé. Isso mostra como as pessoas de Santarém, e também do vilarejo de Alter do Chão, continuam fortemente ligadas às suas raízes e tradições de dança popular.

É como se as histórias antigas se unissem com as novas criações, criando uma celebração que é verdadeiramente única e que fortalece o coração cultural da região.

Conheça a região de Alter do Chão e Santarém na época dos festivais de danças populares!

Fonte: Amanda Galvão

Conhecer a região na época do Festival Folclórico de Santarém ou de algum dos festivais de dança em Alter do Chão é uma excelente oportunidade de desfrutar das belezas naturais da região e também fazer uma grande imersão cultural.

Esperamos por você aqui!

Amanda Galvão
Amanda Galvão

Meu nome é Amanda Galvão, sou sócia-proprietária da Casa Saimiri, uma pousada em Alter do Chão. Sou uma pessoa direta, realista e leal. Meu objetivo é proporcionar uma experiência incrível aos meus hóspedes, fazendo com que se encantem com as belezas da região. Além disso, busco promover a conscientização sobre a importância de proteger e preservar nossa fauna. Sou apaixonada por música, especialmente rock 'n roll e heavy metal, e adoro ler, fotografar e pintar. Sou determinada em alcançar meus objetivos de vida e deixar um impacto positivo na vida das pessoas que me cercam.

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